terça-feira, 7 de junho de 2011

Saiba qual é a melhor maneira de pedir demissão

Segundo especialistas, o primeiro passo que o profissional terá de dar é pedir ao chefe, logo no início do dia, um horário disponível para conversar
Uma das características do mercado de trabalho aquecido é o aumento do número de demissão por parte dos profissionais. Antes de partir para uma nova oportunidade as pessoas têm de comunicar o seu desligamento ao chefe. Para muitos, esta etapa pode ser considerada a mais difícil do processo.
O primeiro passo que o profissional terá de dar é pedir ao chefe, logo no início do dia, um horário disponível para conversar. “De manhã, você não está envolvido com o trabalho e o seu chefe só tem em mente o planejamento das atividades do dia”, aconselha a consultora associada da Muttare, consultoria de gestão, Roberta Yono Ebina.
Durante a conversa, o profissional deve dizer que está saindo porque recebeu uma proposta para trabalhar em determinada empresa e até mesmo citar, se for o caso, o valor a mais que irá receber. Além disso, a pessoa tem de negociar alguns dias para ficar na empresa, geralmente, são 15 dias, tempo suficiente para finalizar o trabalho e treinar alguém para ficar no lugar.

Motivos
De acordo com a diretora-presidente da consultoria Projeto RH, Eliane Figueiredo, o profissional tem de ser honesto e citar os reais motivos que o levaram a esta escolha. Ela ressalta que muitas pessoas trocam de emprego porque trabalham cerca de 10 horas por dia, porque moram longe, fazem muitas viagens, entre outros.
Já Roberta afirma que existem outras razões que levam o profissional a se demitir. O primeiro é a falta de perspectiva de estrutura hierárquica ou de conquistar outras oportunidades horizontalmente, ou seja, o profissional não tem chance de ser promovido e nem de trabalhar em outras áreas da empresa.
O segundo motivo é que a estrutura da empresa não permite que ele tenha crescimento. Em algumas organizações, por exemplo, o profissional não pode receber outra promoção em menos de seis meses depois de mudou de cargo, dessa maneira ele deixa de concorrer automaticamente à vaga que está aberta.
As pessoas mudam de emprego também porque não se identificam com a cultura da empresa, por se sentirem frustados quando a empresa afirma que segue alguns valores, mas no dia a dia, a situação é contrária.
Por fim, o quarto motivo, é a falta de entendimento com o chefe. Segundo a especialista, os problemas com o relacionamento com o chefe correspondentem entre 75% e 80% dos casos de demissão.

Problema com o chefe
Quando o problema é com o chefe, Roberta explica que as pessoas não falam a verdade. “Eles inventam outras razões, mas os consultores [de Recursos Humanos] percebem”. Ela acrescenta que as pessoas têm medo de represálias, como não conseguir uma carta de indicação.
“Muitos chefes em vez de aprender, se sente traídos. A arrogância é tanta que eles não aprendem com os erros”, diz.
Eliane afirma ainda que, no momento de anunciar o desligamento, o profissional não deve “lavar roupa suja”. Caso sinta a necessidade de falar sobre o assunto, ela indica que a pessoa seja educada e aponte que o chefe e ele seguem linhas diferentes de trabalho.
“É importante lembrar que o mundo é redondo e que mais para frente as pessoas podem se encontrar. A pessoa tem de deixar uma boa imagem”, finaliza.

Tenha tempo par as coisas essenciais

Chegamos em junho e temos a sensação de que nem vimos o ano começar e já estamos na metade. O tempo voa! Essa constatação deve nos fazer pensar em como usar melhor o tempo ou como dizemos, em como não “perder tempo”.


Nossa inteligência existe para nos fazer distinguir, discernir, saber o que é essencial, importante e acidental em nossa vida frente aos nossos objetivos, isto é, o que cada um de nós deseja para sua própria vida. Essencial é aquilo que devo fazer em primeiro lugar. É aquilo que me levará mais rápido em direção ao que desejo da vida naquele momento presente em que estou fazendo o discernimento. Importante é o devo fazer, mas só depois de ter feito o que eu havia considerado antes como essencial. E acidental é aquilo que só irei fazer depois de ter feito o que eu havia antes considerado como importante e como essencial.


A todo instante devemos nos perguntar se aquilo que estamos fazendo é essencial, importante ou acidental, para que possamos nos concentrar nas coisas essenciais e não nas coisas acidentais. O tempo passa e há pessoas que só fazem coisas acidentais ou até mesmo importantes, mas nunca as coisas essenciais que as levarão à felicidade ou ao sucesso.


Assim, quando chegamos ao trabalho devemos nos perguntar: o que é essencial agora? Ao chegarmos em casa, de volta do trabalho a mesma pergunta deve ser feita: o que é essencial agora? Será brincar um pouco com seus filhos? Abraçar sua esposa ou seu marido? Uma vez a inteligência nos tendo apontado o que é essencial, devemos dominar a vontade para fazer esse essencial e não fugir dele para coisas acidentais. Muitas pessoas querem vencer no trabalho ou ter uma vida familiar feliz, mas deixam de fazer as coisas essenciais para que tudo aconteça.

Lembre-se que a nossa felicidade ou sucesso dependem das escolhas que fazemos na vida. Temos que saber o que queremos, quais são os nossos motivos maiores ou a nossa “motivação” e nos concentrar nas coisas essenciais que nos farão chegar onde desejamos. Não podemos perder tempo com coisas acidentais que nos desviam do caminho.


Junho já chegou e logo chegará dezembro. Você usou seu tempo para coisas essenciais?

Pense nisso. Sucesso!


Texto escrito por Luiz Marins. 

15 Dias para Sobreviver a uma Entrevista

Continuando a série de artigos sobre empregabilidade, desta vez nos debruçamos a refletir sobre o que os especialistas chamam de pequenos cenários. Coisas que podem ocorrer, quando se é chamado para ocupar uma posição, ou seja numa entrevista. Para ser justo e coerente com os lados envolvidos: O Candidato e o Entrevistador, passaremos a palavra, ora a um, ora a outro. Isto, de maneira que eles possam explicar – segundo sua visão do processo – o que pode ser interpretado como insulto ou boa postura.
Do lado de quem contrata, em uma entrevista de emprego, não há nada mais constrangedor do que aquela situação quando o entrevistador pede ao candidato à vaga, que responda à “clássica ” pergunta: aponte uma virtude e uma deficiência de sua atitude como profissional. E a maioria responde que, “minha virtude é ser bem organizado” e “meu defeito é o perfeccionismo”. “Nem durmo à noite preocupado com o serviço”. Famosas últimas palavras! Pois se todo mundo responde assim, muito poucos o são, realmente. Logo, você está querendo só enrolar. Pelo lado do candidato, um pavor clássico é o de cometer erros e perder a chance.
Por isso, é bom conhecer as coisas dos dois lados, para minimizar as chances de acidente.
Mas porque isto sempre acontece? Eis um dado curioso. As organizações são baseadas em padrões, portanto, tudo deve poder ser repetível e administrável. Eis um paradigma (ou praga) moderno de nossa sociedade. Como as corporações em sua busca de eficiência acabaram determinando o modo de vida do trabalhador, torna-se necessário saber como selecionar as competências realmente interessantes. Então apenas se repetem chavões e padrões copiados, sem muita criatividade.
Lógico que as pessoas mentem, omitem ou valorizam suas competências em uma entrevista de emprego! Elas precisam trabalhar, pois sem trabalho não há como sobreviver dignamente. Só que as pessoas têm que ser adequadas. Um funcionário proativo em uma rotina operacional fechada será um desastre, pois ele sempre tentará mudar as coisas! Um conformista em um departamento dinâmico, ficará estressado pela angústia das mudanças. O real desafio é extrair as justificativas das respostas e analisar o contexto, para isso é que servem os bons psicólogos.
Mas, você nem sempre terá esta chance. Os testes seletivos, também não ajudam. É comum que se receba apostilas para preencher ainda com as marcas das respostas do candidato anterior, mal apagadas… Além disso, falta capacitação dos que os aplicam ou avaliam, pois desenhar um coqueiro não significa que você não serve à empresa por não ter raízes ou que testosterona faz vender. Entre outras sandices. O importante é deixar claro que podemos mensurar comportamentos, mas, nunca se poderá definir o que é (ou será) uma pessoa, apenas através de técnicas seletivas. O que precisamos é respeitar a inteligência e o caráter das pessoas e alocá-las onde possam ser mais produtivas e felizes, de acordo com suas capacidades e aceitando sua participação na melhoria do negócio.
Também é fato, que as empresas têm todo o direito de receber determinado montante de produção e comprometimento, não somente tempo, por ter contratado o profissional, remunerando-o de forma adequada e ajustada, inclusive com benefícios. Assim, cuide bem de compreender o ecossistema em que está inserido e não perder o foco, quando a questão é conseguir um emprego e manter-se nele. Pois, não basta ser contratado, é preciso estar no lugar certo fazendo a coisa certa ou ter a possibilidade de evoluir no curto prazo. Gostar também ajuda, mas saber apreciar é algo que se desenvolve.
Para ajudar um pouco a esclarecer a discrepância de pontos de vista, de forma prática, elencamos quinze reclamações constantes de candidatos e selecionadores. Preste atenção e aumente suas chances de ser contratado.
O que é Insuportável para um Selecionador:
1 – Ouvir você se referir a si mesmo na primeira pessoa: “Eu isto”, “Eu aquilo”, “Eu consegui”, “Eu mudei”, “Eu aumentei o faturamento em 45%” etc. Seja humilde e inclua os outros no seu pacote. Diga: “nós”, “nossa equipe” de vez em quando ou estará fora já na primeira etapa…
2 – Chover chavões: Usar adjetivos batidos como “dinâmico”, “criativo”, “inovador”, “proativo”, afinal se você é tudo isso, porque está suando frio e pedindo esta merreca de salário? Cuidado, seja apenas sério e comprometido e já vai estar muito bom. Venda-se de maneira elegante e madura.
3 – Falar muito e acabar viajando na maionese: O excesso de papo pode entediar muito seu ouvinte, se você não for convincente e, principalmente coerente. Evite justificativas, fazer o papel de vítima, discursar enfaticamente sobre seu talento. Deixe as amenidades para o final da entrevista, onde pode até contar um “causo”, se quiser.
4 – Questionar detalhes irrelevantes ou superficiais, como qual modelo de notebook que a empresa oferece ou se pode usar seu programa de milhagem nas viagens. Isto demonstra total falta de bom senso e deixa claro que você está nessa só pelo dinheiro.
5- Faltar à entrevista e nem ao menos avisar com antecedência. Também dá mancada quem cancela e remarca várias vezes o encontro. Não se esqueça que a pessoa o chamou lá justo para avaliar suas competências e comportamento social. Claro que a vida de PHD (por hora disponível) é complicada, mas programe-se. Se a proposta não é interessante, ou misteriosa demais, apenas recuse ou diga que precisa de mais detalhes para decidir. Se o seu perfil profissional for interessante, eles dirão o que quer saber. Se não, paciência.
6 – Quando o candidato insiste, logo de cara, para que o entrevistador revele os detalhes do pacote de remuneração, benefícios ou a empresa contratante, antes da hora. Normalmente, estas questões são tratadas ao final da conversa, na descrição ou quando surge a abertura.
7 – Deixar o celular ligado durante a entrevista. Só é pior quando o candidato resolve atender e ainda justifica ou ameaça: É a minha namorada… Ou pior: Chamaram-me para outra entrevista. A primeira atitude elegante de um candidato é, justamente, desligar o celular e dizer que está à disposição para o processo seletivo. Se não puder agüentar a abstinência, ou você convulsiona sem ele, deixe no vibracall e quando tocar, ignore solenemente. Às vezes funciona…
8 – Iniciar um leilão entre as ofertas da nova empresa e as contrapropostas da empresa atual. Ou entrar no processo seletivo apenas para testar as chances, ou para saber se o salário está na média e desistir depois, pois irá pressionar a empresa atual.
9 – Extrapolar o limite “normal” da ansiedade e ficar ligando, perguntando e mandando email todos os dias querendo saber sobre o andamento do processo. Isto demonstra despreparo e desespero. Encontrar uma nova colocação não depende somente de pensar o tempo, de forma linear, pois a pessoa possui outro tempo que é interno e este é o determinante. Aqui, quando as sistemáticas, crenças, ciências e razões falham (você continua desempregado), é hora da sabedoria encontrada na metafísica: se a dor é grande, olhe a vida de maneira perspectiva. Ela é uma totalidade, onde entre lacunas e atritos, emergem novas condições para o equilíbrio e prosperidade. Nada ocorre por acaso. Agradeça, aprenda e sairá fortalecido.
13 - Falar de forma negativa, irônica ou revelar informações confidenciais sobre as empresas em que atuou e sobre os profissionais com quem trabalhou. Pega muito mal.
14 – Ocultar fatores que são importantes para a função, como a completa impossibilidade de mudar de cidade, fazer horas extras ou de viajar com certa freqüência.
15 – Mentir para conseguir a vaga e depois sair numa etapa posterior do processo ou da empresa na primeira oportunidade que aparece. Isto causa problemas para a empresa e para o selecionador.
Naturalmente se espera a ênfase na venda de seus pontos fortes, habilidades e conhecimentos. Mas, não o exagero, fantasia ou inverdades. Muita gente panfleta o currículo e manda para qualquer vaga. Faz o mesmo na entrevista, mas é logo identificado e excluído.
O que é Insuportável para um Candidato:
1 – Não receber nenhum Feedback: Se o currículo chegou, quando será a próxima etapa, se a vaga foi fechada, se foi recusado. Enfim, qualquer informação relevante para que não se perca mais tempo e esperanças, em relação a esta função.
2 – Gastar dinheiro e tempo para ir até uma entrevista, e no meio do assunto ouvir que o real motivo era só um “queria conhecer você” ou “qualquer coisa nos falamos”. Isto demonstra total desrespeito pela pessoa humana e é a maior causa de queixas feitas contra R&S.
3 – Sentir que o recrutador usou o velho golpe da falsa vaga, diz que você é o cara, que a empresa vai contratar hoje e passa a querer cobrar por um “laudo psicológico” “perfil de competências” ou qualquer besteira do tipo. Não caia nesta: Chame imediatamente a polícia. Aliás: consulte na internet as referências das empresas. Just in case…
4 – Cair na armadilha da isca dourada: Ser chamado para entrevista para determinada posição e salário, e chegando lá, o recrutador passa a falar é de outra vaga, cujos vencimentos e perfil não têm nada a ver com aquilo que você foi informado. Truque sujo.
5 – O recrutador não sabe seu nome e nem sequer leu seu currículo, tudo o que faz é tentar obter o conhecimento de seu perfil por osmose, passando a mão repetidamente sobre o papel ou fazendo inúmeras perguntas, que atrapalham totalmente a entrevista.
6 – Pior que o item acima, só quando o selecionador chama para a entrevista dois candidatos simultaneamente, e diz na cara dura que é para “ganhar tempo”. Quando alguém recusa, a coisa pode complicar pois o recrutador pode passar a fazer a entrevista às pressas porque, neste meio tempo os outros candidatos já chegaram. Falta completa de estrutura e muitas, muitas empresas que selecionam, têm esta rotina. Prepare seu coração!
7 – Ser entrevistado no Fran’s Café, no metrô ou na praça de alimentação de um shopping qualquer, cujo barulho não permite nem ouvir o seu próprio pensamento, por um consultor “autônomo” e que está mais empepinado que você para pagar as contas..
8 – Fazer perguntas invasivas ou inconvenientes, sobre a condição social, desejo de ter filhos; porque não os teve, se é casado de papel passado ou “amigado”, qual o motivo de até agora não ter assumido uma gerência, porque não fez um curso diferente, ao invés de sua atual graduação. Enfim, toda uma investigação, sem objetivo definido, ou proibido por lei. Aliás, a empresa não pode nem discriminar sexo, raça, cor, gênero, idade, religião, nem sequer pedir experiência maior que 6 meses.
9 – Falar em corporativês, misturando siglas e conceitos organizacionais, deixando a conversa totalmente ininteligível, e afinal, colocar um rótulo genérico (em inglês macarrônico), com base no último emprego. Sua avaliação é um mero questionar sobre a “pretensão” de querer postular a vaga, difícil de “entender” por não estar dentro do registro anterior. Haja paciência.
10 – Atrasar para atender, não achar o seu currículo, errar seu nome ou durante a entrevista, ser interrompido por telefonemas, pessoas entrando e perguntando sobre assuntos de outros candidatos, ouvir toda hora “só um instante”, atender o celular ou sair da sala e deixar você alí plantado um tempão.
11 – Olhar você de cima a baixo, com uma expressão desmotivadora e indicar com a cabeça a sala para a entrevista. Talvez, um bom dia inaudível, um aperto de mão fraco e um café frio. Quando você se retira a pessoa olha seus sapatos e decide que você não serve.
12 – Dizer que adorou seu perfil e pessoa e que, certamente, estará na próxima fase. É apenas questão de aguardar uns dias. Meses depois, ninguém responde seus emails e telefonemas.
13 – Recepção calorosa, temperada com brincadeiras picantes ou relacionada à aparência do candidato, sua roupa (tipo: você veio vestida de cafeteira hoje? Perguntou para a moça de xadrez vermelho) sexo, religião, etnia, preferência sexual ou deficiência.
14 – Fazer e testes, e responder a baterias de perguntas direcionadas e enigmáticas, junto com muitas pessoas, sem condições ideais de tempo e local. Quando você pergunta sobre o resultado, nunca recebe qualquer resposta concreta, apenas insights patafísicos: Olha, aqui não há certo ou errado. Você foi bem. O que importa é criar sinergia (ou seja…dançou!)
15 – Ser colocado numa dinâmica e sentir o mediador perder o controle em meio às atividades, ficando sem condições de avaliar a situação ou sequer lembrar quem fez o quê e quando. Pior que isto é participar de brincadeiras sem propósito ou que sejam simplesmente chatas ou destinadas a “liberar o inconsciente”.
Texto extraído do blog do professor Luis Lico, http://blogdolico.wordpress.com/2011/05/09/176/


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sua carreira em 10 etapas!!

Seja ao iniciar sua carreira ou durante seu transcurso, inúmeras situações ocorrem – boas e más. Existem decisões a tomar, lados a escolher, pessoas com as quais temos que lidar, surpresas a nos esperar e muito trabalho a fazer, nem sempre devidamente reconhecido ou apreciado.
Sim! Podemos entregar resultados, cumprir prazos, sermos inovadores, ter “foco em objetivos” e nem por isso agradaremos. Muitas vezes, ao deixar claro a nossa competência o que mais arrumamos ao redor são adversários ressentidos com nosso desempenho. Um velho economista dizia que o brasileiro não perdoa o sucesso…
Por isso é importante o exercício da diplomacia e da postura relacional estratégica em todas as situações da nossa trajetória profissional. Não basta domínio técnico ou suar a camisa em incontáveis horas extras. É preciso destacar-se, mas sem que isto coloque em risco sua posição ou você seja visto como um bajulador que coloca a empresa acima de tudo na vida. Veja os exemplos abaixo e tome as rédeas de seu sucesso:
1. Desenvolva a Audição Seletiva
Muitos consultores dizem: saiba ouvir. Nada mais genérico e ineficaz. Quem ficar dez minutos na rádio-peão sabe o ilimitado de besteiras por milímetro quadrado de espaço. O mesmo vale para quem fica ouvindo o gerente ou diretor se gabar de sua infalibilidade. Desenvolva, ao contrário, uma audição seletiva, ou seja: compartilhe experiências que agreguem valor e absorva conhecimentos relevantes. Despreze o comentário fútil. Corte a fofoca e fique ligado na direção em que se move a liderança, empresa, mercados, clientes. Invista seu tempo em ouvir e assimilar novos conhecimentos e, é claro, refletir no que ouve.
2. Aprimore seu Trabalho em Equipe
A velocidade das mudanças joga muita coisa por terra, deixando outras para trás. Há pouco tempo para análise e correção de erros na maioria das situações da rotina. A melhor maneira obter eficiência é ser proativo e estabelecer comunidades internas que dêem conta dos pepinos em tempo real. Embora seja lindo, dizer que você faz a “sua parte” já não é mais suficiente para o cliente e menos ainda para o gestor. Além disso, a união permite estabelecer alianças e oferece mais soluções para a empresa.
3. Recicle Conhecimentos e Atualize suas Técnicas
Hoje em dia, todo o conhecimento que puder acumular ainda será pouco. Pela primeira vez na história, produzimos mais informação que somos capazes de absorver. Angústias à parte é fundamental estar em dia com o que acontece no seu mercado de atuação, presente ou futuro. As universidades perderam o trem da história e o tempo acadêmico é diferente do tempo corporativo. Você pode estar obsoleto ao sair da graduação. Assim, esforce-se e, faça (bons) cursos, leia sobre o assunto e informe-se bem.
4. Relacionamentos em Rede
O chamado “networking”, nada mais é do que um anglicismo para traduzir a manutenção de uma rede de relacionamentos ativa que pode fazer a diferença para qualquer profissional. A maioria das oportunidades de emprego ou negócio não se dá pela propaganda, mas pela indicação. Ninguém vai ao Google para arrumar alguém de confiança para gerir um departamento ou empresa. Ninguém é uma ilha. Nem dentro da empresa, nem fora dela. Saiba armazenar possibilidades: Relacione-se bem e suba rápido na vida.
5. Busque Resultados de Longo Prazo
A correria desenfreada do mundo corporativo esconde uma série de acidentes e prejuízos de alta monta. Seja ágil e eficiente, mas para a sua carreira, o que é imediato não funciona (Sorry, Geração Y). Ela é solidificada com o passar do tempo e acúmulo precioso de experiência. Aproveite as chances, mas avalie bem as conseqüências. Uma chefia pode significar um colapso nervoso, se você não estiver preparado. Enquanto que mais tempo na mesma posição pode fazer você aprender mais, e até pensar se não é o caso de mudar de endereço profissional. Além disso, ninguém sabe o amanhã. Coisas que você odiou fazer a dez anos atrás podem fazer a diferença hoje. Pese bem as coisas e então tente um movimento neste xadrez.
6. Mantenha suas Discretas Esperanças
Mesmo para quem não conhece filosofia, deve aprender a ver através do nevoeiro. Assim, mesmo que seu ambiente seja punk (quer dizer, no future) e, de quebra tenha que de trabalhar com pessoas amargas, que reclamem de tudo e todos, busque perspectivas. Use a sabedoria e contenha-se, afinal dentro dos problemas se escondem as oportunidades de aprendizado. Por pior que seja uma situação, no mínimo você acumula algumas milhas de resistência à pressão e aprende a gerir conflitos, e administrar expectativas. Isto é um super diferencial em outras empresas, pelas quais você ainda vai passar.
7. Cultive a Tolerância e Resiliência
Isto não são conceitos da “nova era”. É um fator pragmático e que levará você longe, no mínimo teremos mais uma pessoa decente num mundo que parece ter perdido seus valores. Ninguém é igual a ninguém e não faz as coisas como você faz. Os profissionais de excelência são aqueles que aprendem isso o quanto antes. Adaptar-se às mudanças e compreender a diversidade é fator de destaque nas organizações.
8. Não abra Mão de sua Vida Pessoal
Manter o foco na carreira não significa abrir mão de sua vida pessoal. Aliás, é um contra senso, pois a riqueza que é possível agregar à sua trajetória profissional está em grande parte ligada à qualidade de vida. Os antigos romanos distinguiam entre o ócio e o negócio, quer dizer, retiravam-se, de tempos em tempos para recuperar as baterias e voltar com maior produtividade e idéias novas. Não é possível manter a motivação e o desempenho se você está à beira de um ataque de nervos. Desenvolva o cuidado de si.
9. Faça Sempre Bem feito
O prazer de trabalhar reflete-se diretamente na qualidade e produtividade. Ninguém consegue ser bem sucedido em nada que não goste. Assim, desenvolva um olhar diferenciado para suas atividades mais rotineiras. Quando alguém consegue superar a si mesmo e descobrir coisas agradáveis no trabalho, está a um passo de estabelecer uma relação de longo curso. Mas, se não conseguir encontrar esta condição, mesmo tentando muito, talvez esteja na hora de repensar seus conceitos. O que você gosta de fazer e faz bem? Não fique aí parado, vá à busca daquilo que você faz melhor do que os outros e seja feliz.
10. Sempre Alerta
As modernas organizações estão sempre em busca de profissionais aos quais possam delegar tarefas complexas e obter resultados consistentes, em prazos razoáveis. Esteja sempre preparado para receber bem as delegações e demandas, mesmo que não façam parte de sua função. Uma das coisas mais detestáveis para uma empresa é ter que ouvir de seus funcionários que “não é minha função” ou que “não sou pago para fazer isto”. Se você quiser crescer, deve mostrar para o que veio. Naturalmente, isto não significa deixar-se explorar, mas sim, dizer que está pronto para desafios.
Naturalmente, esta não é uma relação completa do que você pode e deve fazer para melhorar sua carreira, mas já é um bom indício de maturidade pessoal e profissional, se conseguir progressos nesse sentido. O mundo corporativo não tem uma lógica definida, e muitas vezes o tiro sai pela culatra. Tenha em mente, contudo, que uma hora você irá se deparar com alguma situação onde estas competências estejam sendo avaliadas e, se você fizer a lição de casa direitinho, suas chances serão as mais promissoras. 

Texto extraído do Blog do professor Luis Lico, http://blogdolico.wordpress.com/2011/05/02/sua-carreira-em-10-etapas/