segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Do que você tem medo?


"A única coisa que devemos temer é o medo.”

Você pode surpreender-se ao sabe que Franklin Delano Roosevelt, era aristocrata de nascimento. Contudo, seus pais ricos e influentes criaram-no sabiamente para acreditar que os privilegiados devem assumir maior responsabilidade em ajudar os menos afortunados.
Embora fosse um adolescente tímido, Roosevelt desabrochou ao cursar a Universidade de Harvard, onde contribuiu para a vida do campus com seu desenvolvimento nos esportes e no jornal da escola. Roosevelt já se havia tornado um servidor público ilustre tendo servido como deputado estadual e ministro adjunto da marinha, quando a tragédia o atingiu – ele sofreu um severo ataque de poliomielite.
Os dias sóbrios que se seguiram deixaram-no numa confusão de dor física. Mas um Roosevelt determinado, cuja carreira muitos observadores acharam ter encerrado, arregimentou o que mais de profundo havia em sua coragem pessoal, readquiriu o uso das mãos e aprendeu a andar com o apoio de aparelhos. Tendo sua vida já devastada, quem o culparia se ele passasse o resto de seus dias chafurdando em auto piedade? Em vez disso, ele lutou para vencer a sua deficiência e conquistar seus temores.
Oito breves anos depois, ele se tornou governador do Estado de Nova York. E apenas onze anos após ter sido atacado pela moléstia e paralisado, após suportar inúmeros meses de fortes dores, após muita insistência para que se aposentasse Franklin Delano Roosevelt – homem de temor, homem de coragem, prestou juramento como trigésimo segundo Presidente dos Estados Unidos da América.  
Quando ele prestou juramento para o cargo, o país estava mergulhado na Grande Depressão. Um em cada quatro homens estava desempregado, muitos não tinham dinheiro para comprar alimentos para suas famílias, e Com as pernas de Roosevelt, o país esta aleijado pelo medo. Quem melhor do que ele poderia simbolizar a paralisia que as pessoas sentiam? Por toda parte os homens sentiam as garras cruéis do terror.
Foi contra esse cenário de fundo que Roosevelt arrastou-se até o microfone e proferiu o discurso inaugural mais absorvente do século passado: “A única coisa que devemos temer é o medo”.
Do que é que você tem medo. Sente-se nervoso com relação ao emprego, achando que um “bilhete azul” pode estar prestes a chegar? Talvez você trabalhe sob a tensão constante de um chefe que acha que a intimidação, o meio de conseguir bons resultados. Talvez tenha acabado de descobrir, que tem uma moléstia inutilizadora e esteja sem saber como sustentará a família.
Alguns de nós temos transações nos negócios nos quais trabalhamos já meses e que estão perdendo por um fio esfarrapado. Se elas não derem certo, você terá de alterar radicalmente sue modo de vida, talvez perder tudo. A ideia de começar de novo faz com que o sangue lhe fuja do rosto e suas mãos tremam.
Alguns de nós somos consumidos pelos problemas que este dia em si traz até nossas portas. Não existem garantias absolutas. Não há planos à prova de fracassos, nem projeto que mereça perfeita confiança. Não se consegue estabelecer as coisas de modo a eliminar todos os riscos. A vida recusa-se a ser linda e limpa, dessa forma nem mesmo os neuróticos que tomam medidas extremas para terem máxima certeza de tudo, estão protegidos de seus temores obsessivos. Os tais “planos” continuam a falhar, lembrando-nos de que viver e arriscar caminha de mãos dadas. Andar por ai cheio de medo é coisa que acaba explodindo no rosto de medroso. Todos voam arriscam-se à queda. Os que dirigem os carros arriscam-se a colisões. Os que correm, arriscam a cair. Os que caminham arriscam-se a tropeçar. Todos vivem arriscam alguma coisa.
Você quer saber qual o caminho mais certo para a ineficiência? Comece a andar por ai com medo. Procure cobrir todos os pontos, sempre. “Pense em todos os perigos possíveis, focalize todas as probabilidades de derrota, interesse-se mais em perguntar” e o que acontecerá se” em vez de” por que não tentar? ”Não de oportunidades às falhas. Diga “não” para a coragem e sim para a prudência”. “Libere todo o seu medo,” para o medroso” dizia Sófocles, “ tudo produz ruídos”. Triplique as fechaduras das portas. Mantenha-se em segurança, enfiado no bem protegido ninho da inércia. E antes de você percebe-lo, a paralisia se instalará. E a solidão, seguida do isolamento, também se instalarão.
Felizmente, nem todos optaram pela segurança. Alguns venceram, a despeito dos riscos. Alguns atingiram a grandeza, a despeito da adversidade. Recusaram-se a dar ouvidos a seus temores. Nada do que alguém disse ou fez conseguiu frustrá-los. Falta de capacidade ou abundância de desapontamentos não precisam desqualificar a pessoa! É como Ted Engstrom escreve, com muito discernimento:
“Eduque-o em pobreza abjeta, e você terá um Abraham Lincoln. Atinja-o com poliomielite e ele se torna Franklin Roosevelt. Ensurdeça-o e você terá um Ludwig Van Beethoven. Chame-o de aprendiz lerdo, “retardado” e dispense-o por ser incapaz de aprender, e você terá um Albert Einstein.”.
A eficiência, às vezes a grandeza, aguardam aqueles que se recusam a correr de medo.


Extraído do Livro Insight de Daniel Carvalho Luz.

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